segunda-feira, 27 de julho de 2009

O pior castigo imposto pelos deuses, sem duvida nenhuma, é a velocidade e ferocidade do tempo. Agente vê amigos se tornando conhecidos, conhecidos se tornando desconhecidos. Agente vê pessoas indo e vindo na nossa vida deixando ou não peculiaridades! Eu vejo copas do mundo passadas, forrós em beiras de rede, bebedeiras e gargalhadas em um fim ou começo de noite, tudo isso na memória. Felicidade vai e vem, disse o poeta. Vai e vem de cú é rola! Nada pior que nostalgia em fim de tarde no domingo. Esperança do tempo que amenizaria, ou pelo menos disfarçasse. Mas não, tudo igual. Ou pior ainda, tudo mais embaralhado.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Eu pensei eu desejar sorte,
mas sorte ele já tinha demais e não ajudava.
Pensei em desejar saúde,
mas ele não precisava.
Talvez sucesso,
mas ele ia conseguir de qualquer forma.
Paz, ia entediar.
Amor, já tinha.
Dinheiro, ia estragar o rapaz.
Fama, isso era certo que ele não queria.
Eu, sem um discurso para parabenizá-lo
acabei por optar por um silencioso abraço.
E descobri, sem querer, que era só isso.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Plágio

Frase de Mário Quintana: "não escrevi uma vírgula que não fosse confissão." Se aplica tão bem a mim que parece de minha autoria. E me confessar com essas palavras bate no peito como adrenalina fugaz. Quis dizer tanta coisa para tanta gente que é engraçado hoje eu ter silêncio e muito pouco a mais que silêncio na minha cabeça. Ás vezes passa um pensamento ou outro, daqueles rotineiros dos ultimos meses, mas até esse já está cansado e sentado esperando como eu. Ainda nesse marasmo de alma eu consigo achar um meio sorriso, só por estar feliz pela vida. Controverso só é esse embrulho constante no estômago que já dura muito tempo. Esse aperto no peito já enraizado. O tempo, então, que lubrifique essa máquina e tire a ferrugem. Ou que troque o operador.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tenho boas metáforas e não sei qual usar. Tenho mundos que não sei por qual andar. Tenho lados não tão opostos, mas as consequencias que eu tenho, essa sim, se opõem brutalmente. Dizer que de toda aflição sairia, ou sairá, boa coisa é balela. Esperar já não dá pé. E eu ainda de pé repito minhas palavras de qualquer forma só pra eu aprender a menosprezar a forma. O que importa é o que enche a alma. Dizer que o coração é são é tão mentira quanto dizer que o esquecimento é destino certo. Fato é, frases iguais nunca se justapõem, se é que entendem minha metáfora!