segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Tranquilo

É impressionante como a tristeza ou a aflição é motivo de inspiração e criatividade literária. Quando tudo começa a se acalmar, ou se nós resolvemos nos acalmar, a inspiração foge da cabeça. Digo isso por experiência própria. Os textos tornam-se um pouco mais superficiais. As frases não têm o mesmo efeito. A literatura está, óbviamente, ligada com a inquietação da alma. Não dizendo que a minha está quieta, mas eu escolhi a calma dessa vez, o que reduziu a beleza dessas linhas. A mesma quantidade de pendências na rotina, mas sem pressa.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Que onda hein?!

Minha vida tem se baseado em refluxo. Como o mar, leva e traz de tudo pra minha volta. Traz bons momentos e boas lembranças e leva o tempo ligeiro que eu tenho hoje. Regurgitando tudo que já me aconteceu, faço viver para o futuro minha meta. Coisa que ainda não aprendi. Não aprendi a abrir mão, a quere o novo. Sou conservador demais com a saudade. Leio os textos de Vinicius de Moras sobre amores numerosos e passageiros e estranho. Leio O amor banal e fácil e vejo que eu desconheço. Mas, nos textos do amor totalmente devoto, torço a sombracelha e duvido. Hoje eu quero que venha o novo, mas o passado, enraizado e encravado, vem em ondas e leva meu devaneio sempre pro mesmo lugar.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Bom é querer escrever sem idéias . Ter bons temas e nenhuma frase. Querer expor o que anda passando pelos neurônios e nenhuma palavra consegue se ajustar. Saturação, essa é a palavra. Explicações, diálogos sem mudanças, expectativas sufocantes. É tanta urgência que me cerca e eu quero marasmo, quero paz, aconchego e silêncio. Nunca imaginei a possibilidade de estar cansado da audição. Gosto só do barulho da minha repiração enquanto meu cérebro dança um tango . Seria bom uma boa conversa sobre banalidades e só banalidades. Sem discutir futuro, certo, incerto, nada. Só quero uma boa dose de paz e quem sabe de tequila.